NAÇÕES UNIDAS - O secretário-geral da ONU, António Guterres, nomeou nesta quarta-feira, 21, o russo Vladimir Ivanovich Voronkov para comandar o Escritório de Luta contra o Terrorismo, criado na última quinta-feira.
Voronkov ocupará o cargo de secretário-geral adjunto deste escritório, no qual exercerá, segundo um comunicado da ONU, liderança estratégica nos esforços de luta contra o terrorismo das Nações Unidas, bem como participará do processo de tomada de decisões do organismo internacional.
"Voronkov traz para o cargo 30 anos de experiência no Serviço de Exteriores trabalhando principalmente nas Nações Unidas, bem como em posições que vão desde diplomacia pública a assuntos de desenvolvimento social e econômico e assuntos intergovernamentais", apontou nesta quarta-feira a ONU em um comunicado.
Atualmente, Voronkov é embaixador e representante permanente da Rússia frente às organizações internacionais em Viena e, sob sua liderança, seu país lançou vários projetos com o Escritório das Nações Unidas contra as Drogas e o crime (Unodc) e com a sua divisão antiterrorista.
Voronkov também foi diretor do Departamento de Cooperação Europeia de 2008 a 2011, anos em que liderou a delegação da Rússia nas negociações com a União Europeia para um regime livre de vistos.
Começou sua carreira em 1989 no Ministério de Relações Exteriores russo, onde ocupou os cargos de representante especial adjunto para a Federação Russa da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), subdiretor do Departamento de Pessoal e subdiretor da Missão da Rússia na Embaixada da Polônia.
O novo secretário-geral adjunto obteve doutorado na Universidade Estatal de Moscou, e publicou vários artigos científicos sobre assuntos internacionais.
A nomeação de Voronkov ocorre apenas seis dias após a criação do Escritório para a Luta contra o Terrorismo da ONU, uma proposta de Guterres para melhorar a eficácia do trabalho antiterrorismo da organização, oferecer uma maior coordenação e aumentar a visibilidade destes esforços.
Desde a sua implementação, a Rússia já tinha mostrado um forte interesse em liderar este escritório, segundo revelaram fontes diplomáticas. / EFE