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ONU investigará ataque a soldados na República Democrática do Congo

Emboscada do ano passado teria sido realizada por rebeldes muçulmanos do Uganda ADF; situação política agrava instabilidade no país africano

Atualização:

NAÇÕES UNIDAS - A Organização das Nações Unidas (ONU) criou nesta sexta-feira, 5, uma investigação especial sobre o ataque que matou 15 capacetes-azuis e deixou mais de 50 feridos no dia 7 de dezembro do ano passado na República Democrática do Congo (RDC).

Soldados da Força de Paz da ONU patrulham região no leste daRepública Democrática do Congo Foto: REUTERS/Kenny Katombe

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O ataque, que ocorreu na província de Kivu do Norte, é um dos piores já sofridos pela missão de paz da ONU no país. Todas as vítimas fatais eram da Tanzânia. O secretário-geral da entidade, Antonio Guterres, nomeou à frente da investigação o russo Dimitri Titov, que já trabalhou nas forças de paz da organização.

Entre as tarefas de Titov, também estará analizar outros ataques sofridos pelos capacetes-azuis na mesma região, de acordo com um comunicado. A ONU acredita que a emboscada foi planejada pelos rebeldes muçulmanos do Uganda ADF, um dos grupos armados que operam na região de Kivu do Norte.

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A missão de paz, chamada de Monusco, chegou ao país africano em 1999. O leste da RDC tem sofrido os estragos da violência há algum tempo, mas os confrontos entre o governo e as milícias se intensificaram no ano passado, assim como os confrontos entre grupos étnicos.

A situação política também tem contribuído para a instabilidade. O mandato de Joseph Kabila, no poder desde 2001, terminaria em dezembro de 2016. A Constituição o proibiu de se candidatar novamente, mas o autorizou a permanecer no cargo até que tenha um sucessor.

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Governo e oposição, respaldados pela Igreja Católica, combinaram de realizar eleições antes do fim de 2017, mas a data foi postergada para dezembro deste ano, o que aumenta os temores de que Kabila busque estender seu controle. /AFP

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