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ONU pede fim do embargo dos EUA a Cuba pela 23ª vez

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Por Redação
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A maior parte da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) votou nesta terça-feira, pela 23ª vez, contra o embargo econômico dos Estados Unidos a Cuba, que dura décadas, e muitas nações elogiaram a ilha por sua reação no combate ao surto de Ebola que assola o oeste da África, já que Havana enviou médicos e enfermeiras aos países mais atingidos. Na assembleia de 193 países, 188 votaram a favor da resolução não-vinculante intitulada “Necessidade de Encerrar o Embargo Econômico, Comercial e Financeiro Imposto pelos Estados Unidos da América a Cuba”. Como em anos anteriores, as únicas nações que votaram contra a declaração foram os próprios EUA e um aliado, Israel. As ilhas do Oceano Pacífico Palau, Marshall e Micronesia se abstiveram, e o placar foi idêntico ao do ano passado. Em um discurso na ONU, o ministro cubano das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, apelou aos norte-americanos que mudem de posição em relação ao embargo, que ele disse causar grande dano ao povo de Cuba e prejuízos econômicos cumulativos da ordem de mais de 1 trilhão de dólares. “Convidamos o governo dos Estados Unidos a estabelecer relações de respeito mútuo”, afirmou Rodríguez. “Podemos tentar encontrar uma solução para nossas diferenças através de um diálogo respeitoso.” “Podemos viver e lidar um com o outro de maneira civilizada, a despeito de nossas diferenças”, disse. “Cuba jamais irá abdicar de sua soberania”. O enviado norte-americano, Ronald Godard, rejeitou a resolução, dizendo que Havana usa a Assembleia Geral como “tentativa de empurrar a culpa” pelos problemas econômicos que ela mesma cria. (Por Mirjam Donath e Louis Charbonneau)

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