NOVA YORK - As Nações Unidas encerram sua campanha com a personagem de histórias em quadrinho Mulher Maravilha, dois meses depois de o projeto ter despertado uma onda de criticismo, disse na terça-feira, 13, um porta-voz da ONU. A ideia original da campanha era utilizar a heroína em mensagens de empoderamento feminino contra a violência de gênero. A sexualização da personagem, no entanto, foi alvo de críticas.
Uma petição contra a escolha reuniu 45 mil assinaturas. A ONU, no entanto, não explicou o motivo. Segundo o porta-voz Jefrey Braz, campanhas com personagens fictícios não costumam durar mais que dois meses. A DC, editora que publica as histórias da Mulher Maravilha, disse ter ficado satisfeita com a exposição do personagem.
A petição contra a Mulher Maravilha argumentava que a heroína não era culturamente abrangente. "É alarmante que as Nações Unidas consideram o uso de um personagem sexualizado em uma campanha contra objetificação de mulheres", diz o texto.
O gibi da Mulher Maravilha começou a ser publicado em 1941. Na história, ela é uma amazona do paraíso perdido de Themyscira e usa seus poderes para ajudar a sociedade. Na TV, foi interpretada pela atriz Lynda Carter em uma série de sucesso nos anos 70. /AP