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Operação do Exército colombiano mata 26 membros das Farc

Presidente Juan Manuel Santos diz que operações militares 'não serão interrompidas'; Farc anunciam suspensão de cessar-fogo

Atualização:

(ATUALIZADA ÀS 13h10) BOGOTÁ - Pelo menos 26 guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) morreram e um menor de idade foi resgatado em uma operação militar realizada na noite de quinta-feira, 21, na zona rural do departamento de Cauca, no sudoeste da Colômbia, de acordo com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos. 

Em resposta ao ataque do Exército colombiano, as Farc anunciaram a suspensão do cessar-fogo unilateral mantido pelo grupo desde de 20 de dezembro. Santos detalhou a ação militar contra um acampamento dos guerrilheiros em uma área rural do município de Guapi em entrevista acompanhado do ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, e da cúpula das Forças Armadas do país.

Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos (C)e a cúpula de Defesa do país confirmam mortes de guerrilheiros no Departamento (Estado) de Cauca Foto: Fernando Vergara/AP

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Ainda de acordo com Santos, na operação foram recuperados "armamentos importantes" que estavam sob controle dos guerrilheiros, incluindo 37 fuzis e uma metralhadora M-60. As primeiras notícias sobre o ataque do governo aos guerrilheiros indicavam que 18 membros das Farc tinham sido mortos.

O presidente também destacou que desde que os diálogos de paz com as Farc foram reiniciadas em cuba, em novembro de 2012, sempre ficou claro que "as operações militares não seriam e não serão interrompidas". "Que ninguém diga que foi enganado."

Resposta. Este foi o primeiro grande golpe contra as Farc desde que Santos ordenou, no dia 15 de abril, a retomada dos bombardeios contra os acampamentos da guerrilha. Essa medida foi tomada pelo chefe de Estado em resposta ao ataque das Farc contra uma unidade militar que naquele dia estava descansando em um recinto esportivo no município de Buenos Aires, que também fica no departamento de Cauca, uma ação na qual morreram 11 membros do Exército e mais de 20 ficaram feridos.

Segundo o presidente, os guerrilheiro mortos na noite de quinta eram os responsáveis ataque em Buenos Aires. Santos tinha suspendido os bombardeios no dia 10 de março por um mês, uma medida que prorrogou até 10 de abril para reduzir a intensidade do conflito armado e em resposta ao cumprimento que as Farc vinham fazendo, até então, do cessar-fogo unilateral declarado em dezembro de 2014.

"A guerilha já está pensando em ações retaliação - e vingança -, mas é exatamente essa espiral de violência, ódio, vingança e retaliação que levaram a 50 anos de guerra", disse o presidente, que instou transformar essa atitude em "uma espiral de perdão e reconciliação", disse o presidente colombiano. "Quanto pessoas ainda terão que morrer para entendermos que chegou a hora da paz?" / EFE

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