Oposição venezuelana anuncia greve de 48 horas contra a Constituinte

Coalizão Mesa da Unidade Democrática convocou os venezuelanos contrários à Assembleia Nacional Constituinte convocada pelo presidente Nicolás Maduro a pararem na quarta e quinta-feira

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

CARACAS - A coalizão de oposição venezuelana Mesa da Unidade Democrática (MUD) convocou para quarta e quinta-feira uma nova greve geral de 48 horas para forçar o presidente Nicolás Maduro a "retificar e cancelar" a escolha dos membros da Assembleia Nacional Constituinte, marcada para dia 30.

O protesto foi convocado neste sábado, 22, uma semana depois da greve geral de 24 horas que paralisou áreas inteiras de Caracas e de outras cidades, e será seguida de uma passeata na sexta-feira, para a qual a oposição chama todos os venezuelanos a irem para a capital a dizer "não" à constituinte, com a qual Maduro pretende elaborar uma nova Carta para o país.

'Queremos Liberdade': venezuelanos protestam neste sábado contra o governo de Nicolás Maduro Foto: EFE/Miguel Gutiérrez

PUBLICIDADE

"Se apesar da manifestação Maduro não cancelar a Constituinte, na sexta-feira anunciaremos a luta de sábado e domingo", declarou em nome da MUD o deputado Simón Calzadilla, na apresentação da sua agenda para os oito dias que restam para evitar o plano chavista.

A MUD também pediu para se cobrir de papel na segunda-feira as escolas e demais infraestruturas que funcionarão como centros de votação na Constituinte que, desde este fim de semana, estão sob controle do Plano República, uma operação militar com mais de 200 mil soldados que fazem a segurança das eleições na Venezuela.

O deputado opositor José Manuel Olivares disse depois para a imprensa que terça-feira será um dia para "se preparar" em relação à greve de 48 horas.

Na sexta-feira, o dirigente Andrés Velásquez pediu aos venezuelanos para se prepararem para a próxima semana, ao considerar que a greve de 24 horas realizada na semana passada não será "nada" em relação ao "que está por vir". / EFE e AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.