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Oposição venezuelana denuncia manobras para afetar votação

As eleições regionais do país, que conduzirão governadores aos cargos, acontecem neste domingo, 15, e a oposição acusa o governo de mudar 205 seções de lugar

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Por Redação
Atualização:

CARACAS - A oposição ao governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, acusou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de mudar o lugar de 205 seções eleitorais em 16 estados nesta quarta-feira, 11.As eleições regionais do país, que conduzirão governadores aos cargos, acontecem neste domingo, 15.

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A coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD) assegurou que na maioria desses centros historicamente os seus candidatos ganharam as eleições. Francisco Castro, assessor eleitoral da MUD, afirmou que nas 205 seções eleitorais realocadas a oposição obteve mais de 200.000 votos nas legislativas de 2015.

O presidente da Venezuela é Nicolás Maduro, que já foi acusadode estar “esmagando instituições democráticas e vozes críticas, inclusive por meio de processos criminais contra líderes da oposição, prisões arbitrárias e, em alguns casos, tortura” Foto: AP Photo/Sidali Djarboub

De acordo com o especialista eleitoral Eugenio Martínez, nos centros realocados estão inscritos para votar 312.000 eleitores e nas parlamentares de 2015 a oposição alcançou mais de 80% dos votos emitidos nesses locais. A MUD também denunciou que o CNE violou as leis eleitorais ao impedir a substituição de candidaturas, em sua visão, para afetar a votação opositora.

"A quatro dias da eleição cometem este abuso. Aqui há uma violação clara dos direitos políticos dos venezuelanos. Temos que nos organizar e votar, o desejo de mudança está do nosso lado, o que eles têm é crise e fome", assinalou Liliana Hernández, coordenadora eleitoral da MUD. 

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Acompanhada por outros dirigentes da MUD, Hernández pediu aos cidadãos para verificar se suas seções eleitorais foram mudadas pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e sair para votar em massa. A dirigente declarou que irá denunciar o ocorrido na União Europeia e em organismos internacionais de direitos humanos.

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Luis Emilio Rondón, único opositor dos cinco dirigentes do CNE, também denunciou a ação e disse que o argumento usado era "falta de infraestrutura" e que há risco de surtos de violência nesses locais./AFP

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