TORONTO - Os pais de Michael Zehaf-Bibeau, acusado matar um soldado na quarta-feira em Ottawa e invadir o Parlamento canadense, antes de ser morto por policiais, emitiram nesta quinta-feira, 23, um comunicado para manifestar seu pesar pelo ocorrido.
Na nota, Susan Bibeau e Bulgasem Zehaf afirmam que "não existem palavras para expressar a tristeza que sentimos neste momento" pela morte do cabo Nathan Cirillo, que fazia a guarda cerimonial no Monumento Nacional da Guerra, a poucos metros do Parlamento, e morreu após ser baleado no peito por Zehaf-Bibeau.
"Estamos tristes, pois esse homem perdeu sua vida", disseram os pais de Zehaf-Bibeau, que enviaram suas "mais profundas condolências" à família do cabo, "mesmo que as palavras pareçam bastante inúteis".
"Também queremos pedir desculpas pela dor, pelo terror e caos que (nosso filho) criou. Não temos nenhuma explicação. Estou zangada com nosso filho, não entendo e uma parte de mim quer odiá-lo neste momento", prosseguiu o comunicado.
"Eu, sua mãe, falei com ele na semana passada durante uma refeição. Fazia cinco anos que não o via. Portanto, não tenho muita informação para oferecer. Não queremos ser parte desse circo midiático. Mais uma vez, sentimos muito", concluem os pais na carta.
Susan Bibeau é uma funcionária do alto escalão da Comissão de Imigrantes e Refugiados do Canadá, o órgão que determina o estatuto das pessoas que solicitam asilo no país.
Segundo a imprensa canadense, Bulgasem Zehaf é um empresário que foi para a Líbia em 2011 lutar com as forças rebeldes que depuseram Muammar Kadafi. O casal está divorciado desde 1999. / EFE