Os governos de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru - que integram o chamado Grupo de Lima - emitiram uma nota nesta terça-feira, 17, solicitando uma auditoria independente da eleição para governador nos 23 Estados da Venezuela, ocorrido em 15 de outubro.
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Os países pedem uma análise de todo o processo eleitoral, acompanhada por observadores internacionais, a fim de esclarecer a controvérsia gerada sobre os resultados da referida eleição e conhecer o verdadeiro pronunciamento do povo venezuelano. Em nota conjunta, os países "consideram urgente que se realize uma auditoria independente de todo o processo eleitoral, com o acompanhamento de observadores internacionais especializados e reconhecidos".
A primeira eleição para governador desde 2012 na Venezuela ocorreu com um ano de atraso, mas foi vista pela oposição como um plebiscito contra o presidente Nicolás Maduro. Durante a votação, atrasos, mudanças de centros eleitorais e propaganda pró-candidatos do governo foram algumas das reclamações.
O governo conquistou 17 dos 23 governos em disputa - também afirma ter vencido na última, mas o poder eleitoral ainda não fez o anúncio.
Estados Unidos, França e União Europeia (UE) expressaram sua preocupação com a "ausência" de eleições livres, após os resultados do pleito venezuelano.