Países ocidentais exigem explicação do Paquistão

PUBLICIDADE

Por AE
Atualização:

Governos de vários países cobraram ontem do Paquistão uma explicação para o fato de Osama bin Laden ter vivido seus últimos anos em um grande centro urbano do país, a 800 metros de uma das principais academias militares paquistanesas. A localização de Bin Laden fez ressurgir o debate sobre o compromisso de Islamabad de lutar contra o terrorismo.Nos Estados Unidos, a CIA confirmou as suspeitas que tinha sobre a relação entre Islamabad e Bin Laden, tanto que a agência não avisou o Paquistão sobre a operação para evitar que a informação vazasse e o terrorista escapasse. Quem também levantou dúvidas sobre o compromisso do Paquistão com a guerra ao terror foi o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron. "Todos, inclusive o governo, terão de dar explicações. Há muitas perguntas que terão de ser respondidas", disse.A França também criticou o Paquistão. "É difícil imaginar que a presença de alguém como Bin Laden em uma cidade pequena passava despercebida", disse o chanceler francês Alain Juppé. O Departamento de Combate ao Terrorismo da Organização das Nações Unidas (ONU) questionou Islamabad sobre o fato de o país nunca ter mencionado que Abbottabad, cidade onde estava o saudita, fosse um potencial alvo de buscas.As críticas a Islamabad foram ainda mais duras por parte de seus vizinhos. O governo indiano acusou o paquistanês de ter transformado o país em um santuário de terroristas. Indignado, Hamid Karzai, presidente do Afeganistão, voltou a dizer a guerra para encontrar Bin Laden estava "no país errado". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.