Palestina vai pedir à ONU saída de Israel da Cisjordânia

"Essa semana eu vou propor à ONU um novo cronograma para negociações de paz", afirmou Abbas

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:
Na segunda-feira, Abas afirmou que uma rejeição da ONU o levaria a procurar outras instituições internacionais Foto: Jason DeCrow/AP

O líder palestino, Mahmoud Abbas, afirmou nesta terça-feira que vai submeter uma resolução ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) apresentando um cronograma de três anos para que as forças israelenses deixem a Cisjordânia.

PUBLICIDADE

"Essa semana eu vou propor à ONU um novo cronograma para negociações de paz. O ponto central é concordar com um mapa para delimitar as fronteiras de cada país", afirmou Abbas.

A resolução será entregue imediatamente após Abbas discursar na Assembleia Geral da ONU. O líder palestino vai se reunir com o secretário de estado americano, John Kerry, nesta terça-feira, e está pouco otimistas de que a resolução seja aprovada em uma votação no Conselho de Segurança. É quase certo que os EUA vão vetar tal medida, uma vez que a única resolução no conflito palestino-israelense foi feita em negociações diretas entre os dois lados.

Na segunda-feira, Abas afirmou que uma rejeição da ONU o levaria a procurar outras instituições internacionais, incluindo a Corte Penal Internacional, abrindo a porta para acusações de crimes de guerra contra Israel por suas ações militares em Gaza e pela construção de assentamentos judeus na Cisjordânia.

Os EUA têm encorajado Abbas a não procurar o Conselho de Segurança, mas não ofereceram uma alternativa, de acordo com autoridades palestinas que falaram em condição de anonimato. Abbas vai aproveitar as reuniões na Assembleia Geral da ONU para buscar apoio internacional a seu plano.

O primeiro ministro palestino, Rami Hamdalla, pediu nesta terça-feira US$ 3,8 bilhões em ajuda urgente para reconstruir a Faixa de Gaza após o recente conflito na região. Ele informou que a Arábia Saudita se comprometeu a doar US$ 500 milhões e outras nações sinalizaram que participariam da iniciativa. Fonte: Associated Press.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.