Palestinos estão ficando cada vez mais pobres

Segundo relatório do Banco Mundial, desemprego é elevado e 25% estão no nível de pobreza

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JERUSALEM -A redução de doações, a guerra, a suspensão de repasses de pagamentos e as atuais restrições pelo governo de Israel vêm tendo um severo impacto sobre a economia palestina, revela um relatório do Banco Mundial, que examina a atual situação e faz recomendações sobre medidas e reformas necessárias para impedir uma maior deterioração. 

Palestinos rezam sob minarete de mesquita destruída em 2014 em Gaza Foto: Wissam Nassar/The New York Times

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"A persistência da atual realidade volátil aumenta a ansiedade e incerteza, prejudicando a habilidade dos palestinos de alcançar um futuro mais promissor. As medidas de desenvolvimento econômico podem servir para construir confiança com relação a um horizonte político que é desesperadamente necessário", disse Steen Lau Jorgensen, diretor do Banco Mundial para a Cisjordânia e Gaza.

O PIB per capita vem encolhendo desde 2013 em razão da fraca economia dos territórios palestinos. O desemprego é elevado, principalmente entre os jovens da Faixa de Gaza (60%), e 25% dos palestinos estão no nível de pobreza.

O relatório também destaca a estagnação da reconstrução em Gaza. Doadores na conferência do Cairo prometeram US$ 3,5 bilhões, mas desembolsaram apenas 35% do valor.

Além disso, apenas 1,6 milhão de toneladas, das 6,7 toneladas necessárias, de material de construção entrou em Gaza desde a guerra de 2014. Levará anos para que a reconstrução seja concluída se as antigas restrições à importação de material de construção e o lento desembolso das doações internacionais persistirem.  

O relatório, que será apresentado esta semana em Nova York, destaca o potencial da economia palestina se os acordos existentes forem implementados e as restrições, levantadas.

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