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Papa comemora decisão de EUA e Cuba sobre retomada de relações

Pontífice, que teve papel fundamental no acordo entre Washington e Havana, elogiou a diplomacia e embaixadores dos dois países

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Por Redação
Atualização:
Papa teve papel importante em retomada de relações entre EUA e Cuba Foto: Tony Gentile / Reuters

ROMA - O papa Francisco comemorou nesta quinta-feira, 18, a decisão de Estados Unidos e Cuba de melhorar suas relações. "Hoje todos estamos contentes porque vimos como dois povos, que tinham se afastado durante muitos anos, deram ontem (quarta-feira) um passo de aproximação. Isso foi possível graças aos embaixadores e à diplomacia", disse durante a cerimônia de entrega de cartas credenciais a vários embaixadores perante a Santa Sé.

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Na quarta-feira, após o anúncio da retomada das relações, foi informado que delegações de Cuba e EUA haviam realizado conversas secretas nos últimos tempos para impulsionar uma normalização de suas relações, após mais de meio século de inimizade.

Os encontros ocorreram no Canadá, como Estado neutro, e foram impulsionados pelo Vaticano e pelo próprio papa. "O trabalho do embaixador é de pequenos passos, de pequenas coisas, mas que acabam sempre por trazer a paz aos corações dos povos, semear a irmandade", disse o papa em seu discurso, divulgado em comunicado pela Santa Sé.

Tanto o presidente dos EUA, Barack Obama, como o de Cuba, Raúl Castro, agradeceram em seus respectivos comunicados o apoio do pontífice. Na quarta, o papa se limitou a dizer que estava "vivamente feliz" com o anúncio, apesar de ter feito a declaração por meio de seu porta-voz, Federico Lombardi.

Lombardi informou que nos últimos meses o papa tinha escrito a Castro e a Obama para convidá-los "a resolver questões humanitárias de interesse comum, como a situação de alguns detidos, e dar início a uma nova fase das relações entre as duas partes."

Washington decidiu libertar três agentes cubanos que cumpriam pena no país e Havana fez o mesmo libertando o prestador de serviços americano Alan Gross, preso em Cuba desde 2009 por "atividades subversivas". /EFE

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