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Papa Francisco pede respostas a longo prazo para crise de refugiados

Em discurso no Vaticano, Pontífice pediu que a comunidade internacional vá além 'dos aspectos imediatos e práticos de levar ajuda material a estes refugiados'; Santa Sé confirma viagem à Armênia

Atualização:

CIDADE DO VATICANO - O papa Francisco pediu nesta sexta-feira, 13, que a comunidade internacional apresente "respostas políticas, sociais e econômicas a longo prazo" para enfrentar a crise de refugiados. 

O pedido do pontífice - que considera o tema "extremamente caro" - foi feito durante discurso no Vaticano. Francisco citou sua recente viagem à ilha grega de Lesbos, onde testemunhou "experiências desgarradoras de sofrimento humano", especialmente de famílias e crianças.

Pontífice cumprimenta crianças em acampamento de refugiados em Moria, próximo ao Porto de Mitilene, em Lesbos Foto: EFE/EPA/FILIPPO MONTEFORTE

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"Era minha intenção, junto de meus irmãos ortodoxos, Bartolomeu I (patriarca ecumênico de Constantinopla) e o arcebispo Jerônimo (chefe da Igreja Grega), oferecer ao mundo um conhecimento maior destas cenas de trafica e desesperada necessidade", disse o papa.

Francisco, então, pediu a toda a comunidade internacional que vá além "dos aspectos imediatos e práticos de levar ajuda material a estes refugiados". Ele disse que é preciso dar "respostas políticas, sociais e econômicas a longo prazo diante de problemas que superam as fronteiras nacionais e continentais e implicam toda a família humana".

Viagem. O Vaticano também confirmou nesta sexta a viagem do papa à Armênia entre dos dias 24 e 26 de junho, quando ele visitará o Monumento de Tzitzernakaberd, no Memorial do Genocídio, para lembrar das vítimas do genocídio contra os armênio cometidos pelo Exército turco-otomano a partir de 1915.

De acordo com o programa oficial da visita divulgado pela assessoria do Vaticano, além da capital Erivan, Francisco também visitará a cidade de Gyumri.

Em abril de 2015, Francisco divulgou texto relembrando "o primeiro genocídio do século 20", em referência à perseguição ordenadas pelas autoridades turco-otomanas durante a 1ª Guerra que resultaram na morte de mais de 1,5 milhão de armênios.

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A iniciativa provocou uma crise diplomática com a Turquia, que nunca reconheceu o genocídio, fazendo com que o embaixador da Santa Sé em território turco, Mehmet Pacaci, fosse convocado por Ancara para consultas.

Além da Armênia, o papa deve viajar ainda neste ano para a Polônia, entre 27 e 31 de julho, para acompanhar a Jornada Mundial da Juventude, e para a Geórgia e para o Azerbaijão, no fim de setembro. / EFE

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