Paquistão diz que guerra com a Índia não é uma opção

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Por Redação
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O confronto entre Índia e Paquistão na região da Caxemira teve uma pausa nesta sexta-feira, após dias de bombardeios no maior conflito entre os rivais em mais de uma década. As tensões esfriaram após o governo paquistanês afirmar que uma guerra com a Índia não é uma opção e que ambos os lados deveriam trabalhar para neutralizar o embate. Nove paquistaneses e oito civis indianos foram mortos nos confrontos, que já duram quase uma semana e se estenderam por um raio de 200 quilômetros além da fronteira, sobretudo na região da Caxemira habitada pelos muçulmanos.O Comitê Nacional de Segurança do Paquistão afirmou nesta sexta-feira que é de responsabilidade dos dois países neutralizar a situação imediatamente. Ainda assim, em comunicado, disse que "qualquer tentativa de desafiar a integridade territorial e a soberania do Paquistão será respondida com força total".O Ministro do Interior paquistanês, Chaudhry Nisar Ali Khan, diz que convidou um grupo de observadores da Organização das Nações Unidas (ONU) para investigar o último confronto.Já a Índia passou a responsabilidade do término conflito para o vizinho. "O Paquistão e suas forças de segurança precisam pôr fim à presente aventura", disse Syed Akbaruddin, porta-voz do ministério de Relações Exteriores da Índia.A calma relativa chegou à região após um debate acalorado entre as autoridades, onde Nova Délhi alertou o governo paquistanês de que pagaria um "preço incalculável" se prosseguisse com os bombardeios.Quase 20 mil habitantes da Índia tiveram de deixar suas casas na região de Jammu para escapar das batalhas, migrando para campos de refugiados e escolas. Os civis que moravam na área foram os mais atingidos pelos bombardeios.Os países já se enfrentaram em três guerras, duas delas pela região da Caxemira. As duas nações estão oficialmente em paz desde que realizaram testes de armas nucleares em 1998. Uma acordo de cessar-fogo também foi assinado em 2003, mas o tratado é esporadicamente descumprido em ataques à região fronteiriça. Fonte: Associated Press.

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