Para Obama, Macri devolve à Argentina papel de líder regional

Presidente americano se disse impressionado com a política econômica e externa implementada pelo argentino 'em apenas 100 dias'

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Por Rodrigo Cavalheiro CORRESPONDENTE e BUENOS AIRES
Atualização:

Após 12 anos de má relação entre EUA e Argentina, o presidente americano, Barack Obama, selou nesta quarta-feira, 23, na Casa Rosada mais do que uma reaproximação protocolar. Ele se disse impressionado com a política econômica e externa implementada pelo argentino Mauricio Macri "em apenas 100 dias" e o alçou a exemplo de líder para a região e o mundo. 

Eleito por uma coalizão de centro-direita, o argentino assumiu o poder em 10 de dezembro, eliminou a maior parte dos impostos a exportações, reduziu travas a importações e aliviou rígido controle cambial do kirchnerismo. Como consequência, enfrenta uma inflação em alta (4,3% em fevereiro, 32% nos últimos 12 meses). 

Os presidentes Barack Obama e Mauricio Macri conversam nos corredores da Casa Rosada, em Buenos Aires Foto: AFP PHOTO / Argentinian Presidency

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Nas relações exteriores, Macri colocou a Venezuela como alvo, exigindo a libertação de presos políticos opositores. A duas linhas de atuação em consonância com o que Washington espera da região fizeram Obama "encaixar" a visita a Buenos Aires depois de sua viagem a Cuba, em um gesto explícito de apoio.

"Fico triste que só teremos 9 meses de governo simultâneo. Eu estou deixando o meu mandato e Macri está começando o dele. Argentina está retomando seu papel de líder na região e no mundo", afirmou o americano, depois de ser chamado de "inspiração" pelo colega Argentino. Ambos fecharam acordos na área de combate ao narcotráfico, energia limpa e segurança. 

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