Parentes de passageiros de voo desaparecido têm noite em claro na Indonésia

A bordo do voo QZ8501 estavam 155 indonésios, três sul-coreanos, um malaio, um britânico e um cingapuriano, além do piloto francês.

PUBLICIDADE

Por GAYATRI SUROYO
Atualização:

Mais de 100 parentes dos passageiros do voo QZ8501, que desapareceu neste domingo, estavam presentes em um centro de gerenciamento de crise temporário no aeroporto de Surabaya, em Java Oriental, na Indonésia, para esperarem por notícias. O chefe da AirAsia na Malásia, Tony Fernandes, estava no aeroporto tentando confortar as famílias, mas a companhia aérea não podia oferecer muita coisa além de comida, um hotel e garantias de que todo o possível estava sendo feito para encontrar o avião perdido. "Nós ganhamos hospedagem da AirAsia, mas não consegui descansar com isso na cabeça", disse um homem que se identificou como Haryanto e tem quatro parentes a bordo. Ele ainda afirmou que estava há dez horas esperando no aeroporto.

Parentes de passageiros de voo desaparecido têm noite em claro na Indonésia Foto: Reuters

Fernandes, que também é presidente do conselho de um clube do Campeonato Inglês e foi executivo da Warner Music, recebeu os parentes em um centro de gerenciamento de crise improvisado em escritórios próximos ao terminal. "As autoridades indonésias estão fazendo o possível para a busca e o resgate. É melhor não especular neste momento", disse. "Nossa primeira prioridade é cuidar das famílias." As informações sobre o destino do avião que desapareceu no domingo são escassas. Os pilotos solicitaram permissão para mudar de percurso para evitar o mau tempo em voo que vinha da capital da província, Surubaya, e seguiria até Cingapura, mas não emitiu uma chamada de socorro. As buscas pelo Airbus 320-200, da Indonesia AirAsia, foram interrompidas ao cair da noite, e serão retomadas ao amanhecer. Os parentes vagam incansavelmente pelo aeroporto, onde um painel lista os nomes dos passageiros do voo desaparecido. A bordo estavam 155 indonésios, três sul-coreanos, um malaio, um britânico e um cingapuriano, além do piloto francês. A AirAsia não está acostumada a gerenciamentos de crise, não tendo registrado um só problema desde que começou a operar em 2002. (Por Michael Taylor)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.