CIDADE DO CABO - O Parlamento sul-africano rejeitou nesta terça-feira, 5, a destituição do presidente Jacob Zuma, exigida pela oposição após o julgamento do Tribunal Constitucional, que acusa o chefe de Estado de ter violado a Constituição. Zuma não participou do processo.
O partido no poder, o Congresso Nacional Africano (CNA), que apoia oficialmente Zuma, utilizou sua esmagadora maioria parlamentar para rejeitar a moção, que precisava de dois terços para ser aprovada. O CNA controla quase dois terços do Parlamento.
O presidente sul-africano foi acusado de ter usado de fundos públicos – US$ 16 milhões – para pagar reformas em sua casa. Ele admitiu ter ferido a Constituição do país, mas reiterou que não pensava em renunciar, após uma sentença judicial ter determinado que ele devolvesse o dinheiro.
Escândalos. Zuma, de 73 anos, esteve envolvido em vários escândalos: foi acusado de estupro em 2005, mas acabou sendo absolvido posteriormente. Em 1999 rejeitou uma acusação de lavagem de dinheiro em meio a um controvertido acordo de armas no valor de US$ 5 bilhões.
Enfrentou uma longa batalha judicial após seu assessor financeiro, Schabir Shaik, ter sido condenado por corrupção e fraude durante a compra de fragatas para a Marinha sul-africana. Shaik foi condenado a 15 anos de prisão, mas um juiz disse que as acusações contra Zuma eram improcedentes.
Polígamo, Zuma casou seis vezes, mas atualmente tem 4 mulheres e 21 filhos – um deles nascido fora do casamento. Uma de suas mulheres se suicidou e outra pediu o divórcio. / AFP, EFE e REUTERS