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Parlamento sul-coreano votará cassação da presidente no dia 9 de dezembro

Forças opositoras precisarão convencer ao menos 28 deputados do partido de Park Geun-hye, a votarem a favor do processo de impeachment

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Por Redação
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SEUL - A oposição da Coreia do Sul anunciou nesta sexta-feira, 2, que apresentará no dia 9 uma moção para o processo de destituição da presidente, Park Geun-hye, enfraquecida politicamente pelas recentes acusações de corrupção.

Os três partidos da oposição, que em conjunto com os independentes somam 172 das 300 cadeiras na Assembleia Nacional, vão submeter o caso a votação, segundo afirmou o Partido Democrático, principal força do bloco, por meio de um comunicado.

Presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye Foto: REUTERS/Kim Kyung-Hoon

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As forças opositoras têm agora a tarefa de convencer pelo menos 28 deputados de Saenuri - partido de Park - para que votem a favor do impeachment, já que sua aprovação precisa dos votos de pelo menos dois terços da Câmara do Deputados.

Parte dos deputados do partido governista, bastante dividido desde o início do escândalo, havia se mostrado favorável ao processo de cassação, mas o último discurso da presidente abriu uma nova opção.

Na terça-feira, Park deixou seu cargo nas mãos do Parlamento e concordou em renunciar nos próximos meses para evitar uma transição precipitada do poder. Um setor do Saenuri disse que votará a favor do impeachment se a presidente não esclarecer até quarta-feira todos os detalhes sobre sua renúncia.

Se a moção passar no Parlamento, vai para as mãos do Tribunal Constitucional, o que exigiria o voto a favor de seis dos nove juízes que o integram.

Uma pesquisa revelou nesta semana que mais de 75% dos sul-coreanos estão a favor do impeachment da presidente, a quem os promotores apontam como cúmplice de sua amiga Choi Soon-sil, que supostamente interveio em assuntos de Estado sem ocupar cargo público e extorquiu empresas para obter numerosas quantias de dinheiro das quais teria se apropriado parcialmente, entre outros atos irregulares. / EFE

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