CABUL – Ao menos 140 soldados afegãos morreram em um ataque de terroristas do grupo Taleban neste sábado, 22, disfarçados em uniformes militares, segundo oficiais do Exército. Se o balanço for confirmado, esse será o maior atentado já registrado em uma base militar no Afeganistão.
O ataque ocorreu na cidade de Mazar-i-Sharif, no norte do país. O número de mortos pode ser ainda maior, além de haver dezenas de feridos. Os oficiais que confirmaram as informações falaram sob condição de anonimato à agência de notícias Reuters. O governo, por enquanto, divulgou apenas que há “mais de 100 mortos ou feridos”.
O presidente afegão, Ashraf Ghani, visitou o local nesta manhã e, em comunicado, qualificou o atentado como uma “ação covarde de infiéis”.
Segundo fontes, 10 membros do Taleban, em roupas e viaturas do Exército afegão, entraram na sede e atiraram nos soldados desarmados que deixavam uma mesquita após orações. Eles usaram granadas e rifles, e alguns detonaram coletes suicidas com explosivos.
O Taleban reivindicou a autoria do ataque e, em e-mail distribuído por um porta-voz, disse que se tratou de uma retaliação pelo assassinato recente de vários líderes do grupo no norte do país. O comando militar dos EUA no Afeganistão confirmou que um bombardeio aéreo matou um chefe taleban, Quari Tayib, na segunda-feira 17.
A base é a sede do 209.º Corpo do Exército Nacional Afegão, responsável por grande parte do norte do Afeganistão, incluindo Kunduz, uma província que tem presenciado combates violentos.
As forças da Alemanha, que vêm comandando a missão na região, informaram que irão suspender ações por um ou dois dias, enquanto o governo investiga o ataque. / AFP, EFE, AP e REUTERS