Pentágono confirma ataques do Irã ao EI no Iraque; Teerã nega

Porta-voz americano diz ainda que bombardeios são feitos de forma independente e não coordenados com a coalizão internacional

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - Os Estados Unidos têm indicações de que o Irã realizou ataques aéreos sobre alvos do Estado Islâmico no Iraque nos últimos dias, disseram autoridades americanas nesta quarta-feira, 3. Um alto representante iraniano negou que o Irã tenha feito ataques aéreos contra o grupo militante no Iraque.

Autoridades americanas, falando em condição de anonimato, disseram que os EUA têm indicações de que o Irã havia realizado ofensivas aéreas utilizando caças Phantom F-4 nos últimos dias.

Foto dos caças Phantom F-4, mesmo modelo dos que foram usados pelas forças iranianas para atacar o Estado Islâmico, segundo Pentágono. Foto: AFP

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O porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, disse em uma coletiva de imprensa na terça-feira que os EUA não estavam coordenando suas atividades militares com o Irã e acrescentou que cabia aos iraquianos gerenciar seu espaço aéreo.

A possibilidade de que forças militares dos EUA e do Irã estejam separadamente realizando ataques aéreos no mesmo país levantou questões sobre o grau de coordenação que isso pode exigir, mesmo indiretamente, para evitar um contratempo. Um alto representante iraniano disse que nenhuma ofensiva havia sido executada e que Teerã não tinha intenção de cooperar com Washington.

“O Irã nunca se envolveu em quaisquer ataques aéreos contra o Daesh (sigla do EI em árabe) no Iraque. Qualquer cooperação em tais ataques com a América também está fora de questão para o Irã”, disse o representante, sob condição de anonimato.

O primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, que está em Bruxelas para uma reunião da coalizão liderada pelos EUA, disse não ter informações sobre tais ataques.

Embora o Irã, país xiita, e os Estados Unidos tenham se estranhado há décadas, eles têm o Estado Islâmico como inimigo comum, após o grupo radical sunita ter tomando grandes faixas territoriais no Iraque e na Síria. / REUTERS

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