Plano de paz da Ucrânia prevê zona-tampão na fronteira com a Rússia

Presidente ucraniano quer reforçar o controle no local para evitar que combatentes e armas sejam enviados para ajudar separatistas

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KIEV - O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, vai pedir a criação de uma zona-tampão de 10 quilômetros na fronteira com a Rússia como parte do plano de 14 tópicos para levar paz ao leste da Ucrânia, de acordo com uma cópia não oficial do plano divulgada pela mídia local nesta sexta-feira, 20.

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Kiev diz que combatentes, suprimentos de armas e outros equipamentos militares russos estão entrando na Ucrânia e servem de suporte aos separatistas pró-Rússia, por isso o reforço do controle dos 1.900 quilômetros da fronteira é a principal preocupação do governo na área da segurança.

Não foram divulgados detalhes da proposta de criação da zona-tampão, explicitados em uma cópia fotografada do plano de 14 tópicos, divulgado pela mídia ucraniana. Não ficou claro se toda a área desmilitarizada ficaria do lado ucraniano da fronteira ou também incluiria o lado russo e como ficaria a situação das pessoas vivendo nessas áreas.

O ministro interino da Defesa da Ucrânia, Mykhailo Koval, disse ao Parlamento nesta sexta que as forças do governo retomaram o controle da fronteira e agora não há mais a possibilidade de equipamentos militares da Rússia serem entregues para os rebeldes.

Nesta sexta, houve confrontos a cerca de 100 quilômetros da fronteira russa. Os conflitos começaram na cidade de Krasny Liman na madrugada de quinta, depois que separatistas se recusaram a depor as armas e aderirem ao plano de paz.

Forças do governo ucraniano dizem ter matado 300 separatistas, mas o número não pode ser confirmado de forma independente. Vladyslav Seleznyov, porta-voz da "operação antiterrorista" do governo ucraniano, disse que os 300 separatistas foram mortos em combate no entorno dos vilarejos de Yampil e Zakitne, no qual houve fogo de artilharia e ataques aéreos. "Entre os soldados ucranianos houve sete mortos e 30 feridos. A ação militar continua", disse Seleznyov. / REUTERS

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