Polêmica de bebês colocados em caixas de papelão em hospital na Venezuela é investigada

Diretor de Direitos Humanos da Mesa da Unidade Democrática afirmou que episódio se tratou de um caso isolado e que instituição ‘respeita protocolos de atendimento aos recém-nascidos’

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CARACAS - Imagens de bebês que haviam sido supostamente colocados em caixas de papelão em um hospital da Venezuela por falta de infraestrutura percorreram as redes sociais na quarta-feira. Segundo o jornal venezuelano El Nacional, Manuel Ferreira, diretor de Direitos Humanos da Mesa da Unidade Democrática (MUD) - que faz oposição ao governo do presidente Nicolás Maduro - no Estado de Anzoátegui, havia publicado em sua conta no Twitter fotos de recém-nascidos acomodados em caixas colocadas no chão do hospital público Domingo Guzmán Lander por falta de berços.

Imagens de bebês colocados em caixas de papelão em hospital na Venezuela percorreram as redes sociais Foto: Reprodução / Twitter

Apesar de Ferreira ter dito que recebeu as imagens de uma fonte do hospital que não quis se identificar, a veracidade delas não havia sido comprovada. Além disso, o diretor-geral do Instituto Venezuelano de Seguros Sociais (IVSS), Carlos Rotondaro, havia dito que abriria uma investigação para analisar as denúncias.

Posteriormente, Rotondaro desmentiu em sua conta no Twitter que o hospital colocava os bebês em caixas de papelão, e destacou que o local “respeita os protocolos de atendimento aos recém-nascidos”.

Contudo, uma mensagem publicada por Rotondaro pouco tempo depois indicava que as fotos podiam ser autênticas. “De nenhum modo justificamos as ações tomadas de forma imprudente por uma profissional (...) sem a autorização da Direção.”

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Segundo o El Nacional, funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) interrogaram na noite de terça-feira alguns médicos e enfermeiras que estavam de plantão no domingo em busca da responsável pelas fotos.

O diretor do hospital, José Zurbarán, afirmou no Twitter que o episódio se tratava de um “caso isolado”. Fora das redes sociais, Zurbarán e Rotondaro não quiseram oferecer declarações a respeito.

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