A polícia cubana deteve um grupo de mulheres que protestava há dois dias num parque da capital contra o tratamento dado a um preso político que está doente em sua cela, informaram testemunhas. "Éramos seis mulheres e quatro homens", disse Alejandrina García, que formava parte do grupo de protesto. "Às 3 da manhã, (os policiais) se aproximaram e pediram para que nos retirássemos, pois eles iam nos impedir de permanecer ali". Quando as mulheres se negaram a sair, cerca de 40 policiais - a maioria da polícia feminina - as cercaram e as colocaram em viaturas. Todas foram levadas para suas casas, menos duas delas, que não moram em Havana e foram deixadas em uma delegacia. O protesto começou na manhã de terça-feira e era liderado por Berta Soler, mulher de Angel Moya, condenado a 20 anos de prisão depois de uma captura de dissidentes ocorrida em abril passado. Os dissidentes são acusados de receber dinheiro e instrução do governo americano. Eles negam a alegação. Soler montou o protesto para exigir que seu marido seja transferido da prisão para um hospital civil, para ser operado de uma hérnia de disco.