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Polícia de Israel indicia mulher de Netanyahu por desvio de dinheiro público

Premiê nega todas as acusações. Em fevereiro, Sara Netanyahu foi considerada culpada de insultar e destratar um funcionário que trabalhou na residência oficial da família

Atualização:

JERUSALÉM - A imprensa israelense informou neste domingo, 29, que uma investigação policial recomendou indiciar a mulher do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu por desvio de dinheiro público em suas residências oficiais e privadas.

A emissora Canal 2, entre outras, reportou que a polícia de Israel acredita ter evidências suficientes para levar Sara Netanyahu a julgamento. As alegações são de que ela usou fundos do Estado para cuidar de seu pai, hoje morto, além de superfaturar os gastos com alimentação.

Sarafoi indiciada por fraude e abuso de confiança em junho de 2018 por supostamente usar quase US$ 100 mil de recursos públicos para pagar refeições Foto: Flavio Lo Scalzo / Reuters

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A polícia anunciou a conclusão das investigações, mas deu poucos detalhes. Os policiais apresentaram as novas informações aos promotores, que irão decidir as ações a serem tomadas.

O premiê Netanyahu negou as acusações contra sua mulher em sua página no Facebook. “Na declaração da polícia não havia a recomendação de levar a senhora Netanyahu a julgamento. Ao contrário do que foi relatado, ela não cometeu nenhum crime.”

O porta-voz do premiê, Nir Hefez, disse: “A senhora Netanyahu não quebrou nenhuma lei, esses são assuntos que não chegam nem mesmo perto de quebrar a lei. Estamos certos de que quando as autoridades checarem os fatos, verão que não há nada com eles”.

A família Netanyahu há muito tempo enfrenta escrutínio com relação aos seus gastos e rechaça as acusações de que seu estilo de vida está fora de alcance para a população israelense.

Advogados de Netanyahu afirmam que ele não quebrou nenhuma lei por ter viagens e gastos cobertos por organizações que o convidaram para falar em eventos de arrecadação de fundos para Israel, ou por pessoas associadas a esses grupos.

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Em fevereiro, Sara foi considerada culpada de insultar e destratar um empregado que trabalhou na residência oficial da família Netanyahu, criando um ambiente abusivo para o funcionário.

As alegações contra ela foram feitas por Meni Naftali, o ex-chefe de zeladoria da residência oficial do casal em Jerusalém, mas foram qualificadas como "fofoca distorcida" pelo gabinete do premiê quando a ação cível foi aberta em 2014.

Sara Netanyahu foi alvo de uma série de manchetes nos últimos tempos em episódios que os porta-vozes da família disseram se tratar de "campanha não merecida para transformá-la em uma pessoa arrogante". Os casos não parecem, no entanto, ter potencial político para causar danos para seu marido, que ocupa a liderança de Israel pela quarta vez. /Associated Press e Reuters

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