PUBLICIDADE

Policial americano que matou negro desarmado é absolvido das acusações

Jeronimo Yanez disparou contra Philando Castile, de 32 anos, durante uma blitz em Minnesota em julho de 2016

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - Um tribunal de Minnesota, nos EUA, absolveu de todas as acusações um policial que assassinou um negro desarmado, e cuja morte foi retransmitida pelo Facebook pela namorada da vítima.

O policial Jeronimo Yanez foi absolvido por um júri das acusações de homicídio em segundo grau e por disparar voluntariamente a arma sem motivos razoáveis.

Jeronimo Yanez (foto) considerou que Philando Castile se encaixava na descrição do suspeito de um roubo e em um dos seus movimentos dentro veículo parecia tentar pegar uma arma Foto: David Joles/Star Tribune via AP

PUBLICIDADE

No início de julho, Yanez disparou contra Philando Castile, de 32 anos, durante uma blitz em St. Paul, Minnesota. O agente considerou que o homem se encaixava na descrição do suspeito de um roubo e em um dos seus movimentos dentro veículo parecia tentar pegar uma arma.

Diamond Reynolds, namorada de Castile, gravou a cena após o disparo do policial e a publicou no Facebook, fazendo com que a morte do homem - desarmado - se transformasse em um fenômeno viral.

O assassinato levantou novamente o debate sobre o uso excessivo da força por parte da polícia americana com os negros. "O sistema segue falhando com as pessoas negras e seguirá assim", disse Valerie Castile, mãe da vítima, após a decisão.

A decisão de júri fez com que centenas de pessoas protestassem na cidade de St. Paul, que consideraram mais um exemplo de que as reformas da polícia não acabaram com a violência contra os negros.

Yanez poderá sair em liberdade, mas perderá seu emprego como policial no departamento de St. Anthony após um acordo mútuo para que abandone a carreira, já que, segundo afirmou o departamento de polícia, "a comunidade está melhor sem ele".

Publicidade

De acordo com um banco de dados compilado pelo jornal The Washington Post, Castile foi uma das 963 pessoas mortas em todo o país por disparos feitos pela polícia em 2016 / EFE

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.