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Polícias da Espanha e da Finlândia desarticulam rede de prostituição de nigerianas

O grupo explorava jovens em busca de asilo

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Por Redação
Atualização:

MADRI - As polícias espanhola e finlandesa, em colaboração com o Escritório Europeu da Polícia, prenderam 24 membros de uma suposta rede de prostituição que usava jovens nigerianas em busca de asilo, explicou a Europol nesta quinta-feira.

"As vítimas, a maioria mulheres jovens e vulneráveis nigerianas, era recrutadas na Nigéria e levadas à Espanha através da Itália", indicou a agência de polícia europeia, com sede em Haia. ]

Prostituta fala com possível cliente em Barcelona Foto: Marta Ramoneda/The New York Times

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"Uma vez na Espanha, eram forçadas a exercer a prostituição, a maioria nas cidades de Benidorm e Málaga, mas também em Madri, Barcelona, Soria e Gandía (Valência)", precisou o comunicado da Europol. 

A polícia espanhola deteve os supostos membros da quadrilha em diversas cidades espanholas, apesar de seu líder ter sido detido em Helsinque, "graças a uma cooperação internacional eficaz". 

A investigação teve início depois de as autoridades serem alertadas de que duas mulheres nigerianas que buscavam asilo podiam ser vítimas de tráfico de seres humanos. 

"A investigação revelou a existência de um grupo de crime organizado que operava na Espanha e tinha grande infraestrutura na Nigéria, assim como laços com Níger, Líbia e Itália". 

As mulheres eram levadas à Espanha, onde era pedido que solicitassem proteção internacional e asilo "para que pudesse trabalhar para a organização criminosa sem problemas caso fossem identificadas pela polícia", apontou a Europol. O grupo dava documentos falsos às vítimas para pedirem asilo, completou a agência. 

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Em agosto, a polícia espanhola já tinha desarticulado uma rede que obrigava transexuais a se prostituírem, a maioria delas procedentes da Venezuela. Um dos grupos da rede, dirigido por um italiano e um espanhol, explorava transexuais em um apartamento de Barcelona, enquanto outro operava em Palma de Mallorca. / AFP

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