WASHINGTON - Depois de expor o presidente americano, Barack Obama, resgatando declarações em que o líder rejeita a ideia de legislar unilateralmente, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, voltou a se pronunciar nesta sexta-feira, 21, sobre o decreto que reforma a lei de imigração nos Estados Unidos. Por meio de nota, Boehner disse que a ação executiva de Obama sabota as possibilidades de uma legislação bipartidária.
Boehner disse que a Casa pretende combater a medida do presidente, que foi anunciada nesta quinta-feira, mas não detalhou como será feita a oposição. Ele indicou que a decisão de usar a autoridade executiva e evitar o Congresso pode ameaçar esforços futuros de trabalho conjunto entre os partidos.
"Durante todo o ano eu alertei o presidente que ao ameaçar usar ação executiva repetidamente na quesão da imigração ele estava tornando impossível construir a confiança necessária para trabalharmos juntos", disse o presidente da minoria da Câmara dos Representantes. "Com esta ação, o presidente decidiu deliberadamente sabotar qualquer chance de reforma bipartidária que ele venha buscar."
Obama, em um discurso transmitido em rede nacional de TV na quinta-feira à noite, disse que pretendia assinar uma ordem que evitaria a ameaça de deportação para cerca de 5 milhões de imigrantes indocumentados, definindo uma disputa com o Partido Republicano que se opunham à medida.
Obama vai assinar o ato executivo nesta sexta-feira em uma escola de Las Vegas. / REUTERS