Presidente da Turquia propõe criar cidade no norte da Síria para abrigar refugiados
Erdogan afirmou, segundo agência de notícias, ter falado com Obama sobre ideia, mas não há uma conclusão sobre a proposta
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Por Redação
Atualização:
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, propõe construir uma nova cidade no norte da Síria para abrigar parte dos milhões de refugiados que precisaram fugir de suas casas devido à guerra civil no país, segundo informações da imprensa divulgadas neste sábado, 5.
Em um discurso na noite da sexta-feira 4, Erdogan disse que a cidade se situaria perto da fronteira turca, e afirmou que havia falado sobre a ideia com seu colega americano, Barack Obama. "Falamos disso com o senhor Obama, e inclusive estabelecemos as coordenadas, mas ainda não chegamos a um resultado", explicou Erdogan, segundo a agência Anatolia. O dirigente não forneceu nenhum prazo para a construção dessa cidade.
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Segundo ele, a cidade teria uma área de 4.500 km2, tamanho similar ao das grandes aglomerações dos Estados Unidos, e as infraestruturas seriam erguidas com ajuda internacional. Os refugiados sírios poderiam ser realocados para esse local, declarou.
A Turquia propõe há tempos aos seus aliados ocidentais a criação de uma "zona segura" no norte da Síria para os refugiados. No entanto, esta é a primeira vez em que Erdogan propõe construir uma cidade.
A Turquia abriga atualmente 2,7 milhões de refugiados sírios, e não para de protestar pela falta de apoio internacional aos seus esforços de acolhida.
Pedido. A União Europeia pode precisar mais do que dobrar o auxílio financeiro já comprometido à Turquia para ajudar a manter milhões de refugiados sírios em seu território, disse o comissário alemão da UE, Guenther Oettinger, de acordo com a revista alemã Der Spiegel.
Na sexta, a Comissão Europeia anunciou, o primeiro pagamento de 3 bilhões de euros (US$ 3,3 bilhões) para ajudar a Turquia a pagar pelo auxílio. "A Europa deve considerar a possibilidade de mais auxílio financeiro para a Turquia além de 2017", disse Oettinger.
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"Assumir a totalidade dos custos dos serviços que a Turquia está tendo ao acomodar e cuidar dos refugiados, a conta pode facilmente chegar a seis ou sete bilhões de euros por ano", disse Oettinger, um alto membro da União Democrática Cristã, mesmo partido da chanceler Angela Merkel.
O chanceler austríaco, Werner Faymann, propôs um novo fundo da UE para financiar os custos adicionais. "Na crise de imigração, precisamos de soluções europeias conjuntas", disse ele à revista. /AFP e REUTERS
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