NOVA YORK - A polícia descartou nesta quinta-feira, 13, que exista alguma motivação criminosa vinculada com a morte da primeira juíza muçulmana dos Estados Unidos, Sheila Abdus-Salaam, cujo corpo apareceu boiando na véspera no rio Hudson.
A magistrada, completamente vestida, foi reconhecida por seu marido depois que encontraram o corpo, perto de sua residência, no bairro do Harlem. Sheila foi vista pela última vez na noite de segunda-feira, mas na terça falou com uma assistente, afirmou o detetive Robert Boyce.
"Não há feridas aparentes em seu corpo. Não há nada aparentemente criminal até agora", afirmou Boyce sobre as investigações que estão sendo realizadas, que incluem a autópsia do corpo da juíza.
Sheila Abdus-Salaam, de 65 anos, com nome de solteira Sheila Turner, era também a primeira magistrada negra indicada para os tribunais de apelações de Nova York.
O governador de Nova York, Andrew Cuomo, que a designou para os tribunais de apelações em 2013, qualificou a juíza como uma "jurista pioneira" e destacou o trabalho que vinha realizando nos tribunais do estado.
A juíza era integrante de uma ONG que assiste jovens marginalizados, a Project Brownstone. Seu fundador, Earl Davis, qualificou como "impactante" a morte de Abdus Salaam. "Não sei o que aconteceu", acrescentou Davis em declarações aos jornalistas. / EFE