Primeiro atentado ao WTC levou empresas à falência

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Por Agencia Estado
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A primeira grande tragédia no World Trade Center, quando uma bomba explodiu na garagem de um dos prédios, em fevereiro de 1993, resultou na falência quase imediata de 20% das centenas de companhias localizadas na construção atingida. Outras 35% foram à bancarrota apenas algumas semanas depois, de acordo com um estudo conduzido por um professor da Universidade de Minnesota, Bush Kugel, sobre o destino das empresas instaladas no centro comercial. A destruição de bancos de dados e sistemas eletrônicos é apontada como a principal causa da quebradeira econômica que se seguiu à explosão da bomba. Ainda que as instalações das empresas tenham permanecido intactas, os prédios permaneceram lacrados durante semanas, impedindo o acesso a essas informações e interrompendo as atividades da maioria delas. O pesquisador ainda acompanhou os negócios remanescentes por mais seis anos, constatando que 90% não subsistiram ao longo do período - em muitos casos, porque não se refizeram das perdas de cadastros de clientes e fornecedores, entre outros dados, numa época em que a informação e o capital humano ganham são considerados vitais para a sobrevivência das grandes corporações. As instalações do World Trade Center também escondem milhares de metros de fibras ópticas, que interligam as corporações lá estabelecidas com subsidiárias, clientes e fornecedores. Grandes grupos de telecomunicações, como o MCI Worldcom, mantinham no prédio pontos de presença (POPs), que facilitavam o fluxo de dados. Se, no primeiro atentado, essas instalações foram apenas interditadas, desta vez elas simplesmente deixaram de existir, e possivelmente levarão consigo boa parte das cerca de 480 empresas que conservavam no próprio prédio suas valiosas informações.

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