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Procuradora dissidente acusa Maduro de terrorismo de Estado

Luisa Ortega que rompeu com o chavismo em abril e se tornou dissidente do governo, prometeu não reconhecer a decisão do TSJ anunciada na manhã de hoje,  que anula a sua nomeação para vice-procurador-geral e equipara os poderes da Defensoria Pública, que é leal ao governo, aos seus

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Por Redação
Atualização:

CARACAS - A procuradora-geral da Venezuela, Luísa Ortega Díaz, acusou nesta quarta-feira, 28, o governo do presidente Nicolás Maduro de praticar "terrorismo de Estado" com o auxílio do Poder Judiciário e das Forças Armadas. 

"Aqui parece que o país todo é terrorista", ironizou Ortega em referência às acusações de Maduro contra um membro da polícia científica que roubou um helicóptero para jogar granadas contra a sede do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) na terça-feira. "O que temos é um terrorismo de Estado."

Tanques do Exército venezuelano protegem o Palácio de Miraflores, sede do executivo venezuelano Foto: EFE/Cristian Hern?ndez

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A procuradora, que rompeu com o chavismo em abril e se tornou dissidente do governo, prometeu não reconhecer a decisão do TSJ anunciada na manhã de hoje,que anula a sua nomeação para vice-procurador-geral e equipara os poderes da Defensoria Pública, que é leal ao governo, aos seus.

"Estão desesperados para que haja um golpe de Estado. Protegerei com a minha vida esta Constituição", disse Ortega, que criticou as ameaças de Maduro de usar "armas" para se manter no poder. "As armas devem ser usadas a favor do povo e não contra ele."

Luisa Ortega também acusou o governo de planejar um processo progressivo de desmanche do Ministério Público e disse que a intenção do TSJ é fazer com a procuradoria o mesmo que ocorreu com a Assembleia Nacional, controlada pela oposição: na prática, anular suas funções. "Perdeu-se o direito de manifestação e elas são reprimidascruelmente. Julga-se civis pela Justiça militar", disse. 

"Continua a ruptura institucional. Na Venezuela continua a violação da Constituição e o desmonte do Estado", concluiu."Estamos diante de ações de barbárie, que promovem a violência, o ódio e a insurreição armada. O governo está desesperado por uma intervenção militar ou um golpe de Estado." / EFE e AFP

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