MP da Colômbia vai investigar executivos de banco estatal no caso Odebrecht

Suspeita é de irregularidades em empréstimo para obra hídrica no principal rio do país

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BOGOTÁ - A Procuradoria da Colômbia anunciou nesta segunda-feira, 13, que vai investigar a junta diretora do estatal Banco Agrário por supostas "irregularidades" na concessão de crédito a uma sociedade da qual fazia parte a construtora brasileira Odebrecht.

O MP colombiano ressaltou que há evidências "suficientes" para abrir uma investigação disciplinar dos executivos do banco por autorizarem, em 2015, um empréstimo de 120 bilhões de pesos colombianos (US$ 40,7 milhões) à Odebrecht e à Sociedade Navelena S.A.S. Os procuradores destacam que esta operação registrou "possíveis irregularidades".

MP da Colômbia diz que há evidências suficientes para abrir investigação de empréstimo à obra no Rio Magdalena Foto: Divulgação/Odebrecht

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O partido esquerdista Polo Democrático denunciou que o Banco Agrário financiou a Odebrecht e a Navelena com uma taxa de juros menor do que a cobrada a camponeses colombianos, que deveriam ser os beneficiários deste entidade.

Entre as pessoas que serão investigadas pelo MP colombiano estão o então presidente do banco no momento da transação, Francisco Solano, e os conselheiros dos ministérios da Fazenda, Andrés Escobar, e Agricultura, Arturo Adolfo Dajud, e o representante do governo colombiano, Juan Luis Hernández.

Em janeiro, o agora presidente do Banco Agrário, Luis Enrique Dussan, disse que o empréstimo à Odebrecht, destinado a obras de melhoria da navegabilidade do Rio Magdalena, o principal da Colômbia, foi adequado "ao mercado para este tipo de operação". / EFE

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