ANCARA – A Procuradoria-Geral de Cônia, no centro da Turquia, emitiu nesta sexta-feira ordem de prisão contra 70 soldados acusados de cometer traição à pátria durante o golpe fracassado de 2016, que tentou derrubar o presidente Recep Tayyip Erdogan.
Segundo os procuradores, os acusados são ligados ao teólogo exilado Fethullah Gülen, considerado por Ancara o idealizador da tentativa de golpe. Os jovens teriam sido educados em escolas e residências estudantis vinculadas a Gülen, diz a Procuradoria.
As provas contra os militares são baseadas em declarações de outros supostos gülenistas detidos pelo governo turco, informa a agência de notícias Anadolu. Desde a tentativa frustrada de golpe em 2016, o governo Erdogan já prendeu mais de 8.500 membros das Forças Armadas, entre eles 150 generais que foram expulsos por supostos vínculos com Gülen.+ Erdogan adota insultos e sermões para manter fascínio da população
Ao todo, mais de 120 mil funcionários foram destituídos de cargos públicos por este motivo e aproximadamente 50 mil estão presos provisoriamente. Todos são acusados de traição.+ Turquia substitui chefia das Forças Armadas e proíbe eventos em Ancara
A operação de prisão dos soldados foi realizada em 34 províncias da Turquia. //REUTERS e EFE