Protesto no consulado francês no Paquistão termina com 3 feridos

Manifestação era contrária à publicação de charges do profeta Maomé; um dos feridos foi um fotógrafo da agência 'AFP'

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Organizações islamitas protestam contra Charlie Hebdo em Dera Ismail Khan, no Paquistão Foto: Saood Rehman / EFE

ISLAMABAD - Ao menos três pessoas ficaram feridas em um protesto nesta sexta-feira, 16, em Karachi, no sudeste do Paquistão, após a polícia dispersar a manifestação islamita na frente do consulado da França em razão da publicação de charges de Maomé, informaram autoridades locais à agência EFE.

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Um dos feridos é um fotógrafo da agência France Presse e o outro um membro da organização que convocou a manifestação, enquanto um policial ficou ferido pelo lançamento de pedras, disse à agência EFE um porta-voz do Jinnah Hospital de Karachi, o doutor Seemi Jamali.

O fotógrafo está em situação crítica após ter sido atingido por uma bala no peito, enquanto o outro ferido é um professor membro da organização Islami Jamiat, afirmou o porta-voz. O médico afirmou que o policial ferido está fora de perigo.

Televisões locais como o canal Geo mostraram imagens da polícia disparando para o ar e de companheiros do repórter ferido que ajudavam ele a sair do lugar, no qual é possível ver grandes destroços na mobília urbana.

Um porta-voz policial, Ikram Hussain, disse que a polícia recebeu reforço do Exército e efetuou pelo menos 20 detenções nos enfrentamentos com os manifestantes, nos quais empregou abundante material antidistúrbios.

As forças de segurança lançaram gás lacrimogêneo e jatos de água sob pressão para impedir que a manifestação, que começou a primeira hora da tarde após a oração muçulmana das sextas-feiras, chegou ao consulado francês para entregar uma carta de protesto pela publicação de caricaturas de Maomé na revista Charlie Hebdo.

Os manifestantes, muitos deles armados com bastões, se refugiaram em vielas próximas na zona de Teen Talwar, um dos principais monumentos da cidade, e responderam às forças de segurança com o lançamento de pedras.

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A manifestação fazia parte dos atos organizados em várias partes do país por mais de 20 organizações, aglutinadas em um grupo denominado Tehreek Hurmat-i-Rasool, contra a publicação das caricaturas em meios ocidentais. / EFE

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