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Protestos contra Israel na Cisjordânia deixam ao menos cinco mortos

Dois deles já tinham morrido e 200 ficado feridos na madrugada de hoje; novas manifestações ocorreram perto de Hebron e Nablus 

Atualização:

 JERUSALÉM - Ao menos três palestinos morreram nesta sexta-feira na Cisjordânia em protestos contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza, segundo serviços médicos do território. Desde a madrugada, palestinos protestam contra a escalada de violência em Gaza, onde mais de 800 pessoas morreram. 

Segundo Mazen Al Hamouz, diretor de um hospital em Nablus, dois homens, de 21 e 22 anos,foram mortos em Hawara nesta sexta. Outro hospital de Hebron registrou a morte de um homem de 47 anos no vilarejo de Beit Omar.O Exército de Israel disse estar investigando as mortes. 

Mulheres palestinas choram pela morte de parente durante protesto contra Israel, na Cisjordânia Foto: AP Photo/Nasser Ishtayeh

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Na madrugada, dois palestinos já tinham morrido e 200 ficado feridos depois de 10 mil pessoas terem protestado contra a incursão.Há a expectativa de novos protestos nas orações de meio dia de hoje, última sexta-feira do Ramadã. 

O motivo da manifestação foi um bombardeio de Israel a um abrigo de refugiados da ONU em Gaza, que matou 15 pessoas, entre mulheres e crianças. O Exército israelense, que acusa o Hamas de usar civis como escudos humanos, diz ter dado um aviso para os ocupantes do prédio deixarem o local. Funcionários da ONU em Gaza negam que esse aviso tenha ocorrido. 

A polícia paramilitar israelense está em alerta em Jerusalém, onde mesquitas devem reunir um grande número de fiéis. O governo israelense ainda discute como conter a crescente hostilidade na Cisjordânia.

"Tivemos uma noite bem difícil", disse à Rádio Israel Yitzhak Aharonovitch, membro do gabinete de segurança do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. "Espero que consigamos passar pelo dia de hoje sem problemas." /REUTERS e AP

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