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Putin denuncia crise global do bem-estar social e critica protecionismo

Na China, líder russo disse que o protecionismo virou regra e defendeu a necessidade de combater esse modelo

Atualização:

PEQUIM - O presidente russo, Vladimir Putin, denunciou no domingo, 14, a existência de uma crise no tradicional modelo de crescimento e do Estado de bem-estar e advertiu que vive-se o auge do protecionismo em detrimento do modelo de globalização. 

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"Muitos países estão testemunhando uma crise do Estado de bem-estar, o qual é incapaz de assegurar sua própria sustentabilidade", afirmou Putin durante seu discurso no Fórum das Novas Rotas da Seda, que começou no domingo, 14, em Pequim. 

"O desequilíbrio do desenvolvimento econômico e social, assim como a crise do antigo modelo de globalização trouxeram consequências negativas para as relações entre os países e para a segurança, a pobreza e o cuidado social", acrescentou.

Líderes de 29 países se reúnem no evento em Pequim para aumentar a conectividade e o comércio entre Ásia, Europa, África e América Latina. No destaque, a fala de Vladimir Putin. Foto: Alexei Nikolsky/Sputnik/Kremlim Pool~/EFE

Chefes de Estado de 29 países se reúnem hoje e amanhã na capital chinesa para fomentar a conectividade e o comércio entre Ásia, Europa, África e América Latina por meio de novas infraestruturas.

Em menos de 15 minutos, Putin disse que o protecionismo converteu-se "em regra" e defendeu a necessidade de combatê-lo, deixando atrás os "estereótipos" para ter ideias "novas e frescas". 

"Confio que a Eurásia será capaz de elaborar uma agenda positiva. Me refiro a encontrar novos agentes de crescimento". 

O líder russo também expressou seu desejo de auxiliar com a União Europeia e outras instituições do Velho Continente para reverter a tendência atual e "alcançar a construção de uma cooperação única do Atlântico ao Pacífico". A UE e os EUA mantêm sanções econômicas contra a Rússi desde a anexação da Crimeia, em 2014.

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Putin disse ainda existir uma "diferença colossal" em termos de desenvolvimento entre muitos países e regiões, o que facilita o avanço de fenômenos como o "terrorismo internacional, o extremismo e as migrações irregulares". 

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