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Putin pode capitalizar ataque na busca por mais um mandato

Explosão em metrô de São Petersburgo renova temor de terrorismo na Rússia a menos de um ano das eleições

Por Henry Meyer , Ilya Arkhipov e BLOOMBERG
Atualização:

A explosão no metrô de São Petersburgo renova os temores de terrorismo na Rússia a menos de um ano das eleições presidenciais. As autoridades também aumentaram a segurança em aeroportos e outros centros de transportes, medida que alcançou a capital, Moscou.

As duas maiores cidades russas não sofriam um grande ataque havia mais de cinco anos. O Kremlin havia reforçado a segurança depois que centenas de pessoas foram mortas em ataques terroristas no início dos anos 2000, cuja autoria foi reivindicada principalmente por separatistas chechenos.

Mulher ferida em explosão no metrô de São Petersburgo é atendida pelos socorristas do lado de fora da estação Sennaya Ploshchad Foto: REUTERS/Anton Vaganov

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Desde que Vladimir Putin mandou forças para a Síria, em 2015, o Estado Islâmico (EI) vem ameaçando atacar na Rússia. Em outubro de 2015, o EI responsabilizou-se pela derrubada de um avião que levava turistas do Egito para São Petersburgo, na qual morreram 224 pessoas.

Os extremistas juram vingar-se dos bombardeios aéreos ordenados por Putin e assumiram a autoria de alguns ataques na região russa do norte do Cáucaso, de maioria muçulmana. Jihadistas de origem russa constituem o maior contingente estrangeiro do EI na Síria e no Iraque.

A força da explosão foi equivalente à de 300 gramas de TNT, segundo a agência, aproximadamente um quarto da potência da outra bomba, desarmada.

Segundo analistas, o Kremlin poderá tentar capitalizar o atentado como fez com outros ataques terroristas, particularmente aqueles ocorridos depois que os maiores protestos da oposição em anos agitaram grandes cidades russas em março de 2016. Na eleição do próximo ano, Putin, no poder desde 2000, buscará um novo mandato de 6 anos. / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ

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