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Pyongyang diz que EUA ‘pagarão caro’ por fala de embaixadora 

Nikki Haley disse que Coreia do Norte estava ‘implorando pela guerra’

Atualização:

WASHINGTON - A Coreia do Norte afirmou nesta sexta-feira, 8, que os Estados Unidos “pagarão caro” após a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, dizer que a nação estava “implorando pela guerra”. As novas acusações são mais uma escalada na tensão, que ocorre enquanto líderes mundiais consideram uma nova rodada de sanções contra Pyongyang.

Descrevendo os comentários de Nikki como “histéricos”, a agência de notícias norte-coreana, a KCNA, alertou aos EUA sobre uma retribuição não específica. “O governo americano terá de pagar um alto preço pela língua afiada da embaixadora”, afirmou a KCNA. 

Embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, voltou a pedir as 'mais duras punições' contra a Coreia do Norte após tese de bomba no fim de semana Foto: Stephanie Keith/Getty Images/AFP

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A Coreia do Norte realizou seu sexto e mais poderoso teste nuclear na semana passada. Segundo a Coreia do Sul, o regime de Kim Jon-un planeja para hoje – dia em que comemora sua fundação – um novo lançamento de um míssil balístico intercontinental. 

O governo de Donald Trump vem pressionando o Conselho de Segurança da ONU para banir a venda de combustível para a Coreia do Norte em uma nova rodada de sanções. Segundo a Casa Branca, o regime norte-coreano planeja obter capacidade para atacar os EUA com uma bomba nuclear. Pyongyang afirma que não negociará enquanto Washington não encerrar sua “política hostil”. 

Na quinta-feira, Trump afirmou que uma guerra nuclear entre os EUA e a Coreia do Norte não é inevitável, no entanto, a opção militar ainda era considerada. “Eu preferiria não ir pela via militar, mas isso é algo que certamente poderia acontecer”, afirmou Trump durante uma entrevista na Casa Branca. 

Diplomacia. Ainda na quinta-feira, o México declarou “persona non grata” o embaixador da Coreia do Norte no país, Kim Hyong-gil, e deu a ele 72 horas para deixar o país. A decisão, segundo o governo, expressava a “absoluta rejeição (mexicana) à recente atividade nuclear” da Coreia do Norte. 

A Secretaria de Relações Exteriores (SRE) do México afirmou, em um boletim, que nos últimos meses a Coreia do Norte “cometeu flagrantes violações do direito internacional e das resoluções do Conselho de Segurança da ONU ao realizar testes nucleares e lançar mísseis com tecnologia balística de longo alcance”.

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A SRE acrescentou que a atividade nuclear da Coreia do Norte é um grave risco para a paz e a segurança internacional “e representa uma ameaça crescente para as nações da região, incluindo aliados fundamentais do México, como Japão e Coreia do Sul”. / WASHINGTON POST e EFE 

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