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Quarteto se reúne no domingo para debater negociações de paz

Grupo tratará de 'questões variadas', segundo Washington; palestinos pedem saída de Tony Blair

Atualização:

WASHINGTON - Enviados do chamado Quarteto para o Oriente Médio se reunirão em Bruxelas no próximo domingo para tentar fazer avançar o processo de retomada de negociações entre israelenses e palestinos, informou nesta quarta-feira, 5, o Departamento de Estado americano.

 

 

Os Estados Unidos estarão representados por David Hale, o enviado especial de Washington para o Oriente Médio. Ele também terá reuniões em Berlim, Paris e Londres, disse a porta-voz do departamento, Victoria Nuland. De acordo com ela, Hale debaterá "uma variedade de temas" com os outros diplomatas, que podem incluir a ajuda dos americanos aos palestinos e a retomada de negociações.

 

As conversas diretas de paz entre israelenses e palestinos estão paralisadas há um ano, quando o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se negou a estender uma moratória da construção de assentamentos judaicos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, territórios ocupados pelo Estado judeu dos palestinos na Guerra dos Seis Dias, em 1967.

 

No mês passado, o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, foi à Organização das Nações Unidas (ONU) pedir o reconhecimento do Estado palestino. A solicitação ainda é avaliada pelo Conselho de Segurança do órgão, mas não deve passar devido à oposição americana que enfrenta. Os Estados Unidos são históricos aliados de Israel.

 

Na ocasião, o Quarteto pediu que palestinos e israelenses deem novos passos para retomar o diálogo direto e estabeleceu prazos para que as partes apresentem propostas. Negociadores de ambos os lados têm até o dia 23 deste mês para reiniciar as conversas. Um acordo deveria ser feito até o fim de 2012. 

 

Substituição de Blair

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Mohammed Ishtayeh, um proeminente dirigente do Comitê Central do Fatah, facção que controla a Autoridade Palestina, pediu a substituição do ex-premiê britânico Tony Blair como enviado internacional para o Oriente Médio, acusando-o de adotar posições favoráveis a Israel e de "ser inútil".

 

A uma rádio palestina, Ishtayeh, também conselheiro de Abbas, disse que Blair não deve mais ser considerado um mediador imparcial. As críticas do palestino são as mais recentes de uma série que atingiram o britânico sobre seu trabalho nas mediações do diálogo de paz.

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