Quem traiu Anne Frank? Ex-agente do FBI reabre investigação

Equipe com 20 especialistas vai trabalhar até agosto de 2019 para responder perguntas sobre o caso

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ROMA - Quem traiu Anne Frank e sua família? Quem entregou à Gestapo o endereço de Prinsengracht, 263, em Amsterdã, para que a jovem judia e seus pais fossem capturados pelos nazistas? O caso será reaberto pelo ex-agente do FBI Vincent Pankoke, que formou uma equipe com 20 especialistas para, finalmente, tentar responder às perguntas relacionadas à tragédia da pequena Anne, cujo diário durante a perseguição nazista virou um best-seller mundial.

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Pankoke já criou um site, "Anne Franke- A Cold Case Diary", para documentar toda a investigação. "O que levou a família à prisão permanece obscuro até hoje. A traição parece ser a única conclusão lógica, mas quem faria isso. E por quê?", questionou o ex-agente.

"A maior parte das pesquisas sobre esse caso foi feita por escritores, jornalistas ou historiadores, mas nunca por investigadores forenses capazes de usar técnicas específicas e inteligência artificial", comentou.

'O Diário de Anne Frank' se tornou um dos principais documentos da 2ª Guerra Foto: Fundação Anne Frank

A equipe de Pankoke inclui criminologistas, detetives, psicólogos, analistas de dados, desenvolvedores de software e policiais. De acordo com o especialista, já foram encontradas evidências novas sobre o caso de Anne Frank graças à desclassificação de documentos secretos mantidos pelos Estados Unidos sobre judeus que foram detidos após sofrerem traições de delatores.

Livro aborda o Holocausto para público infantojuvenil

A pesquisa de Pankoke está sendo conduzida com o Museu Anne Frank, montado na casa onde a jovem morou em esconderijo com sua família em Amsterdã. O novo estudo deverá ser conduzido até 4 de agosto de 2019, quando serão relembrados os 75 anos da deportação da família Frank.

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Anne Frank foi uma adolescente alemã de origem judaica vítima do Holocausto. Seu diário pessoal, que virou o livro "O Diário de Anne Frank" (1947), ajudou historiadores a reconstruírem trechos e relatos do nazismo. Ela morreu em fevereiro de 1945, aos 15 anos de idade, em um campo de concentração. / ANSA

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