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Ranking aponta Somália como país mais corrupto

Por AE-AP
Atualização:

A Somália é o país mais corrupto do mundo, seguido pelo Afeganistão, Mianmar e Iraque, segundo um relatório divulgado nesta terça-feira pela organização Transparência Internacional, sediada em Berlim. Já os países menos corruptos são Dinamarca, Nova Zelândia e Cingapura, que ocupam, juntos, a primeira colocação. O relatório mostrou que alguns países que foram especialmente afetados pela crise financeira mundial se tornaram mais corruptos durante o ano passado. Fazem parte deste grupo a Grécia, a Itália e os Estados Unidos, que caíram da colocação 19 para a 22. Dos 178 países pesquisados, quase três quartos ficaram abaixo do índice 5 numa escala que vai de zero, para o mais corrupto, até 10, para o menos corrupto. O índice de corrupção da Transparência Internacional é baseado em 13 perguntas feitas a executivos e especialistas realizadas entre janeiro de 2009 e setembro de 2010.O país menos corrupto do continente americano é o Canadá (na 6ª colocação), seguido por Barbados (17ª) e pelo Chile (21º lugar), o menos corrupto da América espanhola. A seguir aparecem Estados Unidos (22º), Uruguai (24º), Porto Rico (33º), Costa Rica (41º), Dominica (44º), Brasil e Cuba (ambos em 69º), El Salvador, Panamá e Trinidad Tobago (na 73ª colocação), Colômbia e Peru (78º), Jamaica (87º), Guatemala (91º), México (98º), República Dominicana (101º), Argentina (105º), Bolívia (110º), Guiana (116º), Equador e Nicarágua (127º), Honduras (134º), Haiti e Paraguai (146º) e Venezuela (164º).A Grã-Bretanha ficou na 20ª colocação, seguida pela França (25º), Israel e Espanha (30º), Itália (67º), China e Grécia (78º), Paquistão (143º) e Rússia (154º). A Somália está em último lugar, na posição 178. Dentre os países que mais registraram avanços estão o Chile, Equador, Haiti, Jamaica, Butão, Gâmbia, Catar, Kuwait e Macedônia. "Permitir a continuidade da corrupção é inaceitável. Muitas pessoas pobres e vulneráveis continuam sofrendo suas consequências em todo o mundo", disse Hugutte Labelle, diretora da Transparência Internacional. "Precisamos de uma maior aplicação das regras e leis existentes. Não deveria haver locais onde os corruptos e o dinheiro proveniente dessas atividades pudessem se esconder."Peter von Blomberg, vice-diretor da Transparência Internacional, disse que uma recente decisão de um tribunal federal dos Estados Unidos, que permite que empresas doem quantias ilimitadas de dinheiro para partidos políticos, "fortalece a impressão de que se pode comprar decisões políticas com dinheiro".

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