PUBLICIDADE

Reino Unido vai pedir perdão a gays condenados por pederastia

Manter relações homossexuais era considerado um crime na Inglaterra e no País de Gales até 1967, na Escócia até 1980 e na Irlanda do Norte até 1982

Atualização:

LONDRES - O governo do Reino Unido anunciou nesta quinta-feira, 20,que vai extinguir a condenação que recaía sobre milhares de pessoas por terem sido homossexuais e bissexuais e concederá o perdão póstumo a todos os que já faleceram. Manter relações homossexuais era considerado um crime na Inglaterra e no País de Gales até 1967, na Escócia até 1980 e na Irlanda do Norte até 1982.

PUBLICIDADE

O secretário de Justiça britânico, Sam Gyimah, disse que é muito importante dar o perdão às pessoas que foram condenadas por crimes sexuais por seu homossexualidade, já que elas seriam inocentes de qualquer crime hoje em dia.

Serão dados "indultos formais" aos que foram condenados por ter relações homossexuais consentidas no Reino Unido. A lei é de autoria dodeputado John Sharkey, do Partido Liberal-Democrata.

Cumberbatch já participou dos recentes "Star Trek: Além da Escuridão" e "Doze Anos de Escravidão", mas ganhou fama mesmo por seu papel como Sherlock Holmes na série "Sherlock" Foto: Chris Pizzello/AP

A medida também foi motivada por um movimento conhecido como "Alan Turing Law", campanha batizada em homenagem ao matemático britânico Alan Turing (1912-1954) que ajudou a decifrar os códigos dos segredos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Turing foi condenado por indecência grave depois que foi descoberto o seu relacionamento com um jovem 19 anos, em 1952. Ele foi castrado quimicamente e se suicidou em 1954.

Em 2013, a rainha Elizabeth II concedeu o perdão ao matemático, mas mesmo assim começou um movimento para pedir que este indulto fosse aplicado a todas as pessoas que foram condenadas por sua orientação sexual. O ator britânico Benedict Cumberbatch, que encarnou o matemático no filme "O Jogo da Imitação" (2014), participou da iniciativa. 

Acusado por esse crime em 1974, o escritor e ativista homossexual George Montague, comemorou a decisão, mas disse não aceitará o pedido de perdão. "Aceitar um perdão é admitir que foi culpado. Eu não fui culpado de nada. Só fui culpado de estar no lugar errado no momento errado", declarou ele à rede "BBC". / EFE

Publicidade