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Rice pede ao mundo paciência e confiança no Iraque

A secretária de Estado americana afirmou que quando o país tiver um governo unificado os Estados Unidos deixarão que os iraquianos o administrem

Por Agencia Estado
Atualização:

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, afirmou nesta quarta-feira que o Iraque precisa de tempo para resolver suas diferenças politicas e ganhar a confiança do mundo de que pode ter sucesso como uma democracia. "Quando o Iraque tiver um governo unificado e as forças iraquianas estiverem preparadas para a tarefa de defender o país, vocês podem ter certeza de que estaremos mais do que satisfeitos em sair e deixar que os iraquianos façam eles mesmos", disse Rice antes de chegar à Austrália, um aliado dos Estados Unidos na guerra do Iraque. A secretária falou horas antes de o Pentágono anunciar que estava enviando mais 800 soldados para o Iraque e reposicionando centenas de outros em resposta ao aumento da violência no país, especialmente durante o feriado xiita. Ela falou para políticos e funcionários do governo da Indonésia, em Jacarta, antes de partir para a Austrália e acusou "terroristas estrangeiros" de fomentar a violência no país. "Essas são pessoas acostumadas a resolver suas diferenças pelo uso da força, coerção e opressão. Agora estamos tentando resolver as diferenças, unir esses grupos sectários na base de acordos e da política". As observações de Rice foram um eco da defesa feita esta semana pelo presidente George W. Bush da política americana no Iraque, à medida que o terceiro aniversário da invasão se aproxima. Uma dia antes da chegada de Condoleezza, a Austrália ressaltou que manterá suas tropas no Iraque pelo menos até o próximo ano e anunciou uma missão maior para os 450 soldados que estão na região sul do país. O Iraque será o foco das apresentações que a secretária de Estado pretende fazer a universitários em Sidney ainda nesta semana. Ela visitará soldados americanos que estão no porto da cidade e participam de jogos da Commonwealth, em Melbourne. A secretária também participará de conversas com oficiais japoneses e australianos que incluem discussões sobre o crescente poder militar da China e sua influência na região da Ásia e do Pacifico.

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