A Europol, a polícia intergovernamental, lançou nesta segunda-feira, 26, um alerta sobre o risco de que o grupo Estado Islâmico ataque novamente na Europa. A advertência foi feita pelo diretor da instituição, Rob Wainwright, com base em informações de inteligência que indicam que “países da União Europeia, em especial a França”, são alvos potenciais de uma nova onda de ataques.
O informe veio a público no dia em um homem carregando um fuzil de brinquedo causou pânico e o fechamento por mais de uma hora da estação de trens e metrô Termini, a mais importante de Roma, na Itália.
O incidente detonou o alerta antiterrorismo na capital italiana e mobilizou centenas de policiais e agentes de segurança em torno da estação. Passageiros foram bloqueados no interior de trens e o fluxo de chegadas e partidas foi paralisado durante a caça ao suspeito.
O homem, de cerca de 40 anos, foi flagrado por imagens do circuito fechado de câmeras de segurança carregando o fuzil falso de forma ostensiva, antes de ser preso. Só no meio da noite, a operação da estação voltou ao normal.
Se a ameaça de Roma foi falsa, o risco de atentados na Europa é concreto. De acordo com Wainwright, informações de inteligência indicam que novos “amplos ataques”, como os realizados em Paris no ano passado, podem ocorrer a qualquer momento.
O chefe da Europol não deu detalhes sobre quais outras cidades são as mais visadas, além de Paris, mas reconheceu que o EI desenvolveu “uma nova capacidade de combate”. “O EI prepara novos ataques nos países-membros da União Europeia, e em especial a França”, diz o relatório da entidade.
A Europol inaugurou hoje o Centro Europeu de Contra-terrorismo, em Amsterdã, um dia após a divulgação de um novo vídeo do EI no qual os terroristas que cometeram os atentados de 13 de novembro ameaçam França e Grã-Bretanha. As imagens foram gravadas durante a preparação dos atos.
Ao final, o vídeo apresenta imagens de Londres e do premiê britânico, David Cameron.
Ainda hoje, o ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, anunciou o início do isolamento de presos condenados por crimes relacionados ao terrorismo em duas penitenciárias do país. Outras cinco instituições terão cem vagas para prisioneiros “radicais”.