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Russos também manipularam Instagram antes de presidenciais nos EUA

Cerca de 20 milhões de usuários da rede social nos EUA viram conteúdo que visava influenciar as eleições

Atualização:

WASHINGTON - O Facebook revelou nesta quarta-feira, 1º, que cerca de 20 milhões de usuários do Instagram nos Estados Unidos viram conteúdo criado por operadores russos para influenciar nas eleições que levaram Donald Trump à Presidência.

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Colin Stretch, diretor jurídico do Facebook, proprietário do Instagram, deu esta informação durante uma audiência ante a Comissão de Inteligência do Senado americano, a segunda em dois dias realizada no Congresso sobre o papel das redes sociais na campanha de desinformação orquestrada pela Rússia.

No total, cerca de 150 milhões de usuários do Facebook e Instagram viram conteúdo russo em 2015 e 2016, disse. O Instagram anunciou nesta semana que alcançou a marca de 800 milhões de usuários ativos mensalmente.

Rede social ganhou 200 milhões de usuários desde o começo deste ano Foto: Pxabay/@Webster2703

Cerca de 120.000 publicações foram criadas no Instagram por operadores identificados como russos. Foram vistas por 16 milhões de usuários depois de outubro de 2016 e por cerca de quatro milhões antes dessa data, segundo Stretch, que advertiu que os dados de antes de outubro de 2016 era menos precisos.

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Os 20 milhões de usuários do Instagram nos Estados Unidos se somam aos 126 milhões do Facebook, que a empresa reportou previamente, e que viram em seus fluxos de notícias artigos criados pela empresa russa Internet Research Agency, vinculados à Inteligência russa, para influenciar as eleições nos Estados Unidos.

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Twitter e Google também participaram da audiência, prestando contas a senadores incomodados pelo que consideram uma resposta tardia dos gigantes da Internet para lutar contra contas falsas e robôs operados pela Rússia, ou potencialmente por outros países.

Quase um ano depois das presidenciais dos Estados Unidos, as empresas de redes sociais estão começando a fornecer dados sobre essas campanhas destinadas a incidir no resultado eleitoral. Twitter e Facebook assinalaram, no entanto, que as notícias falsas representam somente uma pequena parte de todo o conteúdo publicado. / AFP

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