Santos se oferece para mediação entre governo e oposição na Venezuela

Presidente colombiano lembrou que chanceles do Brasil, Equador e Colômbia estão prontos para ajudar

PUBLICIDADE

Atualização:

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, se ofereceu para mediar o diálogo entre o governo venezuelano e a oposição, que pede a renúncia do governo do presidente Nicolás Maduro, prometendo respeitar a autonomia do país vizinho.

Em entrevista à agência EFE, Santos insistiu que apenas o diálogo é capaz de salvar a Venezuela da profunda crise que atravessa e lembrou que a cúpula formada por chanceleres do Brasil, Equador e Colômbia está pronta para ajudar no que for preciso. "O futuro que se pode construir só existe se ambas as partes se sentam para dialogar. De outro modo vai ser muito difícil encontrar uma saída para os problemas que a Venezuela está vivendo", disse. 

Um jovem ajoelha em frente a um policial após a morte doestudante Kluiver Roa,de 14 anos, durante protesto em San Cristobal, capital da província de Táchira. Roa foi atingido por uma bala de borracha na cabeça. Foto: REUTERS/Carlos Eduardo Ramirez

PUBLICIDADE

Questionado se está disposto a ser um mediador do diálogo entre governo e oposição, ele afirmou que sim, desde que governo e oposição o quiserem. "Isso é o que queremos. Seria ideal que as partes se pusessem de acordo para solucionar essa situação tão difícil. Se nós pudermos colocar nosso 'granito de areia' respeitando a autonomia da Venezuela, assim o faremos", disse ao utilizar uma expressão comumente utilizada em espanhol que significa colaborar, ainda que seja com uma mínima contribuição.

Santos ressaltou ainda que seu governo sempre "quis promover esse diálogo" e que os chanceleres dos países vizinhos estão prontos para "interceder".

O líder colombiano afirmou, por fim, que acompanhou com preocupação a recente detenção do prefeito Antonio Ledezma, acusado de conspirar contra o governo Maduro, assim como a de Leopoldo López, que completou um ano na prisão recentemente. Ele pediu respeito aos direitos humanos dos opositores detidos e "garantias" de seus direitos ao longo do processo. / EFE

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.