Senador tucano celebra vitória da oposição nas eleições parlamentares na Venezuela

Aloysio Nunes disse que o resultado 'traz novo alento para a democracia na América do Sul'. Coalizão de oposição conquistou 99 dos 167 assentos enquanto os chavistas ficaram com 46

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Por Isabela Bonfim
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente da Comissão das Relações Exteriores no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), afirmou que a vitória da oposição nas eleições parlamentares na Venezuela demonstra o repúdio da população ao governo vigente."Esse resultado, assim como a vitória de Maurício Macri na Argentina, traz novo alento para a democracia na América do Sul", afirmou.

Nos resultados, que foram divulgados na madrugada desta segunda-feira, 7, a coalizão de oposição, Mesa da Unidade Democrática (MUD), conquistou 99 dos 167 assentos na Assembleia Nacional, enquanto o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do presidente Nicolás Maduro, ficou com apenas 46 cadeiras. 

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Aloysio Nunes celebrou a nova composição parlamentar. "A nova equação política na Venezuela deve contribuir para trazer o país à racionalidade econômica e à normalidade democrática." Nunes destacou que, apesar de o presidente venezuelano ter reconhecido a vitória oposicionista, é preciso estar atento.

Para o senador tucano, a oposição venezuelana enfrentou uma campanha desigual. Em nota divulgada por sua assessoria, Aloysio cita o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luís Almagro, e afirma que os novos parlamentares oposicionistas terão de atuar em um um ambiente institucional que ainda "traz a marca do autoritarismo bolivariano". 

Nunes também cobrou maior atuação do Brasil contra o que nomeou "escalada autoritária" na Venezuela. "O governo brasileiro não pode permanecer indiferente diante do fato de que Maduro mantém presos líderes opositores como Leopoldo López, Antonio Ledezma e Daniel Ceballos, nem ignorar que políticos com expressiva votação, como a deputada María Corina Machado, tiveram seus mandatos arbitrariamente cassados e não puderam participar do último pleito", afirmou. De acordo com o senador, essas ações merecem o repúdio do Mercosul, em sua próxima Cúpula, em Assunção.

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