PUBLICIDADE

Separatistas catalães sacam dinheiro dos bancos para protestar contra Madri

As associações separatistas Assembleia Nacional Catalã (ANC) e Omnium Cultural convocaram os militantes a várias "ações diretas pacíficas" para mostrar seu descontentamento com o governo de Mariano Rajoy

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

BARCELONA - Os simpatizantes à causa separatista da Catalunha sacaram, de modo orquestrado, nesta sexta-feira, 20, quantidades de dinheiro simbólicas ou substanciais dos bancos. A ação foi uma maneira de protestar contra o governo espanhol e os bancos que transferiram sua sede social da região.

PUBLICIDADE

+ Madri concorda em realizar eleições regionais na Catalunha em janeiro

"É uma forma de protestar. Não queremos fazer nenhum mal à economia espanhola ou catalã", disse Roser Cobos, uma advogada de 42 anos que sacou € 1.714, em referência ao ano da tomada de Barcelona pelas tropas do rei Felipe V, e a subsequente anulação das instituições autônomas nas regiões que se opuseram.

+ Catalães trocam tapas à beira do precipício

Os separatistassacaram quantidades de dinheiro simbólicas ou substanciais dos bancos Foto: AFP PHOTO / LLUIS GENE

"É a única forma que os catalães têm de mostrar seu desacordo com a atitude do Estado espanhol", acrescentou.

Duas associações separatistas, a Assembleia Nacional Catalã (ANC) e Omnium Cultural, convocaram os militantes nas redes sociais a várias "ações diretas pacíficas" para mostrar seu descontentamento com o governo do primeiro-ministro Mariano Rajoy, sobretudo retirando dinheiro, "de preferência entre 8h e 9h (locais)".

Os líderes de ambas as associações - Jordi Sánchez e Jordi Cuixart, respectivamente - estão presos preventivamente como suspeitos de sedição.

Publicidade

A perspectiva de uma declaração unilateral de independência fez que centenas de empresas transferissem suas sedes sociais em outubro, começando pelos dois grandes bancos catalães, CaixaBank, terceiro da Espanha, e Banco Sabadell, quinto maior. / AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.