Sessions discutiu com embaixador russo sobre campanha de Trump

Segundo o Washington Post, secretário de Justiça de Trump teve pelo menos duas conversas com Kislyak identificadas pelas agências dos EUA

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Atualização:

WASHINGTON - O secretário de Justiça, Jeff Sessions, e o embaixador russo em Washington discutiram temas relacionados com a campanha presidencial americana, ao contrário do que disse o funcionário americano, afirmou nesta sexta-feira, 21, o jornal The Washington Post.

O secretário de Justiça Jeff Sessions fala à Comissão de Inteligência do Senado Foto: AFP PHOTO / SAUL LOEB

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O jornal citou funcionários do governo atual e do anterior que mencionaram interceptações realizadas pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos de relatórios do embaixador Serguei Kislyak a seus chefes em Moscou sobre dois encontros com Sessions, assessor de Donald Trump durante a campanha. 

O relatório acrescenta mais pressão sobre Sessions, cuja permanência no cargo está em xeque depois que o presidente Donald Trump o criticou durante uma entrevista nesta semana ao jornal The New York Times

No centro da polêmica está a decisão de Sessions de não participar de qualquer investigação do Departamento de Justiça sobre a suposta ingerência da Rússia na campanha eleitoral americana de 2016. 

Segundo The Washington Post, duas conversas entre Kislyak e Sessions foram especialmente identificadas pelas agências dos Estados Unidos.

O atual secretário de Justiça teria feito declarações "enganosas" sobre essas conversas, que "contradizem outras provas", disse um funcionário americano ao jornal.

Um ex-funcionário declarou ao jornal que Kislyak e Sessions mantiveram intercâmbios "substanciais", especialmente sobre a posição de Trump em questões relacionadas à Rússia e às relações russo-americanas.

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Sessions afirmou, várias vezes, que jamais tratou da campanha presidencial com funcionários russos e se reuniu com Kisliak apenas na qualidade de senador pelo Alabama. 

Há vários meses, Trump enfrenta uma série de revelações que apontam para um possível conspiração entre integrantes de sua equipe de campanha e funcionários russos. / AFP 

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